Juiz diz que proibiu faixa de protesto contra arbitragem por ver uma ação organizada
Do UOL, em São PauloLeandro Vuaden deu sua versão sobre a polêmica do último sábado, quando ele proibiu a exibição de uma faixa da torcida do Náutico com um protesto contra a arbitragem. Segundo o árbitro, foi uma atitude preventiva contra o que ele entendeu ser uma ação organizada.
“O que não podia acontecer era começar o jogo sem tomar aquela atitude. Não é uma faixa comum. É algo aproximadamente de 40 metros de comprimento por um metro de altura. Foi uma coisa um pouco fora de contexto. Se fosse uma faixa menor, tudo bem. Mas aquilo representa muito. É um risco, pode acontecer alguma coisa. Eu comuniquei ao delegado da partida e ele contatou o policiamento”, disse Vuaden ao jornal gaúcho Zero Hora.
O incidente aconteceu no estádio dos Aflitos, antes da partida entre Náutico e Atlético-GO. Um grupo de torcedores estendeu uma faixa com a mensagem “Não irão nos derrubar no apito”. Por conta disso, Vuaden decidiu atrasar o jogo em 16 minutos, até que ela fosse fechada.
“O tamanho da faixa também prova que é uma coisa organizada. Para aquele tamanho todo, tem de ter uma organização. Quando o torcedor nos xinga, nos chama de ladrão, nós estamos acostumados. São manifestações normais. Nesse caso, me pareceu algo muito organizado. Quem vai se responsabilizar se der algum incidente grave? Para mim, a parte preventiva é a melhor solução”, disse Vuaden.
“Está na Constituição. Eu tenho o direito de expressar o que eu sinto, a minha opinião sobre qualquer coisa. Eu não vejo motivo nem cabimento. Foi uma verdadeira estupidez do árbitro. Não estamos denegrindo a imagem dele. Não tem nada aqui contra a CBF ou contra ele, especificamente”, disse Ivana Albuquerque, torcedora do Náutico que se apresentou como uma das responsáveis pela faixa, ao Sportv.