Funcionários da Arena do Grêmio entram em greve, mas OAS acerta volta ao trabalho
Obras estão 90% concluídas e inauguração está marcada para o dia 8 de dezembro
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Os funcionários da OAS que estão construindo a Arena do Grêmio entraram em greve na manhã desta terça-feira. As principais reivindicações se referem à mudança na dinâmica de horas extras, determinada por liminar obtida pelo Ministério do Trabalho que proíbe que os operários façam mais de duas horas por dia e também pela forma de retorno dos operários que moram em outros Estados do Brasil. Segundo o presidente da Grêmio Empreendimentos, empresa que gere a construção do estádio, o problema foi solucionado pela construtora.
“Houve uma movimentação pela manhã na obra. Os operários querem fazer mais horas extras que o permitido. Após o almoço, às 14h, eles retornam ao trabalho. Houve um acordo”, afirmou Eduardo Antonini, presidente da Grêmio Empreendimentos.
Cerca de dois mil funcionários se reuniram com representantes da OAS no canteiro de obras e foram informados que para compensar a proibição, a construtora concedeu o pagamento das horas extras com percentual de acréscimo de 100%. Os trabalhadores concordaram com a medida e retomaram o trabalho.
“O ministério Publico fez uma representação para evitar que os trabalhadores fizeram horas extras a mais. Houve uma decisão liminar acatando isso, que não se trabalhasse aos sábados. Os trabalhadores ficaram incomodados, porque queriam trabalhar e ganhar as horas extras. Eles querem acabar até dezembro para irem embora para seus Estados. Eles são de Norte e Nordeste. Não querem ficar o fim de semana sem ter o que fazer”, declarou o Paulo Odone, presidente do Grêmio.
Essa é a terceira vez que obra é paralisada. Nas duas primeiras, os principais temas de reivindicações foram às condições de trabalho e de alojamentos, além de uma melhoria salarial. A obra está 90% concluída e será inaugurada no dia 8 de dezembro com um amistoso entre o Grêmio e o Hamburgo, da Alemanha, em uma reedição do Mundial Interclubes de 1983.