Em evento tumultuado, Adriano recebe camisa 10 do Fla e avisa "ser o de sempre"
A apresentação de Adriano foi sem pompa e não atraiu torcedores. No entanto, o Ninho do Urubu não comportou os diversos veículos de imprensa interessados em registrar o início da terceira passagem do Imperador pelo Flamengo. Com alguns jornalistas barrados na sala de imprensa do centro de treinamento, o atacante recebeu a camisa 10 das mãos da presidente Patricia Amorim e sob o olhar atento do diretor de futebol Zinho. O atleta, recuperado de lesão no tendão calcâneo, comentou sobre a expectativa da torcida e afirmou ser o Adriano “de sempre”.
“Minha lesão está curada, ainda não estou pronto para atuar, mas a planilha de trabalho já esta feita. Aqui é minha casa, todos me tratam muito bem. É trabalhar bastante, mas não há um período certo. Se fala em um mês e, quando o Flamengo achar que é o momento certo, eu vou estrear”, avisou o Imperador, que prometeu não fugir da cobrança por gols.
“Sou o Adriano de sempre, não sou duas pessoas. Óbvio que tenho que mudar algumas coisas. Infelizmente, tive contusões desde que saí da Roma. É uma nova etapa na minha vida”, completou.
O atacante lembrou as passagens frustradas por Roma e Corinthians e voltou a culpar as lesões pelo mau futebol. No entanto, o Imperador também reconheceu ter errado. “Sempre fui uma pessoa abençoada. Pedi para sair da Roma pois não estava bem, tive uma contusão e não quis enganar ninguém. Cheguei ao Corinthians e as contusões também me atrapalharam. Sei que errei em alguns momentos. O problema do Adriano foi as muitas contusões”, explicou, em terceira pessoa.
Adriano também relatou como se sente ao voltar ao Flamengo. O camisa 10 rubro-negro destaca que a responsabilidade neste retorno é somente dele. "O Flamengo fez a parte dele, os médicos também, assim como a torcida. Agora é comigo. A responsabilidade é toda minha. Preciso cumprir minhas obrigações e dar alegrias a esse torcedor”.
Concorrida, a apresentação do atacante causou tumulto. Com pouco espaço na sala de imprensa, apenas cinegrafistas e fotógrafos puderam acompanhar o início da coletiva. Repórteres de sites e jornais foram impedidos de entrar na sala de imprensa e perderam os 20 minutos iniciais da entrevista, com discurso de Patricia e o momento em que Imperador vestiu a camisa rubro-negra.