Clubes como Ponte Preta e Portuguesa têm contrato de um 1 ano com emissora de tv
Sem contrato longo com a Globo, clubes reclamam de concorrência desleal com rivais
Do UOL, em São Paulo
Cinco clubes da Série A do Campeonato Brasileiro vivem uma situação semelhante. Consideradas equipes com torcidas menores, Ponte Preta, Náutico, Portuguesa, Figueirense e Atlético-GO não foram procuradas pela TV Globo para prorrogar o contrato de transmissão do Campeonato Brasileiro. Ao contrário das outras 15 equipes da Série A, elas possuem um acordo anual que vale apenas para esta edição do torneio. Os rivais têm contrato pelo menos até 2015, sendo que alguns deles já negociaram a renovação para 2017, com pagamento de luvas que chegam a até R$ 30 milhões.
“É um negocio muito difícil, aceito goela abaixo. Os clubes que têm contrato e ganham mais não dão a mínima. É a lei do Muricy, cada um por si. A Globo e essas equipes estão sufocando os outros times. O campeonato vai ficar cada vez mais desnivelado”, afirma o diretor de futebol do Atlético-GO, Adson Batista.
Os cinco clubes não confirmam oficialmente, mas o UOL Esporte apurou que o contrato que eles têm com a Globo prevê pagamento anual de R$ 14 milhões. O valor é quase oito vezes menor que o pago para Corinthians e Flamengo, clubes com os melhores contratos de TV. Equipes como Bahia, Atlético-PR e Coritiba, por exemplo, recebem mais de R$ 30 milhões por ano.
“É um negocio muito difícil, aceito goela abaixo. Os clubes que têm contrato e ganham mais não dão a mínima. É a lei do Muricy, cada um por si. A Globo e essas equipes estão sufocando os outros times. O campeonato vai ficar cada vez mais desnivelado”, afirma o diretor de futebol do Atlético-GO, Adson Batista.
Os cinco clubes não confirmam oficialmente, mas o UOL Esporte apurou que o contrato que eles têm com a Globo prevê pagamento anual de R$ 14 milhões. O valor é quase oito vezes menor que o pago para Corinthians e Flamengo, clubes com os melhores contratos de TV. Equipes como Bahia, Atlético-PR e Coritiba, por exemplo, recebem mais de R$ 30 milhões por ano.
No primeiro turno do Brasileiro, encerrado na rodada do último final de semana, o único clube do grupo dos renegados pela Globo que não frequentou a zona de rebaixamento foi a Ponte Preta. Se o campeonato terminasse hoje, Atlético-GO e Figueirense cairiam para a segunda divisão.
“Vemos notícias de clubes renovando contrato até 2017 e ganhando luvas milionárias. Nós nem fomos procurados. Os clubes perderam o poder. Quem define quem será competitivo é a TV”, opina o presidente da Ponte Preta, Marcio Della Volpe.
Os dirigentes dos cinco clubes reclamam que sofrem com a concorrência desleal das outras equipes no mercado de contratações. Segundo eles, inflados pelo dinheiro da TV, os grandes aumentaram ainda mais seu poder nas negociações de reforços.
“Para começar a negociar com a TV temos que ter certeza que ficaremos na Série A. Times que, segundo a Globo têm mais torcida, como Sport, Santa Cruz e Goiás, mas que estão na segunda divisão (o Sport está na primeira divisão em 2012), trabalham com contratos longos, com mais garantias”, revela o presidente da Portuguesa, Manuel da Lupa.
“É um absurdo eles já acertarem até com clubes que hoje estão na Série B. Quer dizer, eles querem definir quem fica na elite do Brasileiro?”, reclama Paulo Wanderley, presidente executivo do Náutico.
Desde 2011, com a implosão do Clube dos 13, a Globo negocia diretamente com os clubes a assinatura dos contratos para a compra dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Antes, a empresa firmava um contrato com a entidade, que definia o repasse para todas as equipes associadas. No ano passado, a emissora acertou com as equipes com mais torcedores, entre eles 15 clubes da série A, contratos válidos até 2015.
O UOL Esporte tentou entrar em contato com Marcelo Campos Pinto, presidente da Globo Esportes, empresa da emissora de TV criada para negociar direitos de transmissão. O executivo não atendeu as ligações
“Vemos notícias de clubes renovando contrato até 2017 e ganhando luvas milionárias. Nós nem fomos procurados. Os clubes perderam o poder. Quem define quem será competitivo é a TV”, opina o presidente da Ponte Preta, Marcio Della Volpe.
Os dirigentes dos cinco clubes reclamam que sofrem com a concorrência desleal das outras equipes no mercado de contratações. Segundo eles, inflados pelo dinheiro da TV, os grandes aumentaram ainda mais seu poder nas negociações de reforços.
“Para começar a negociar com a TV temos que ter certeza que ficaremos na Série A. Times que, segundo a Globo têm mais torcida, como Sport, Santa Cruz e Goiás, mas que estão na segunda divisão (o Sport está na primeira divisão em 2012), trabalham com contratos longos, com mais garantias”, revela o presidente da Portuguesa, Manuel da Lupa.
“É um absurdo eles já acertarem até com clubes que hoje estão na Série B. Quer dizer, eles querem definir quem fica na elite do Brasileiro?”, reclama Paulo Wanderley, presidente executivo do Náutico.
Desde 2011, com a implosão do Clube dos 13, a Globo negocia diretamente com os clubes a assinatura dos contratos para a compra dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Antes, a empresa firmava um contrato com a entidade, que definia o repasse para todas as equipes associadas. No ano passado, a emissora acertou com as equipes com mais torcedores, entre eles 15 clubes da série A, contratos válidos até 2015.
O UOL Esporte tentou entrar em contato com Marcelo Campos Pinto, presidente da Globo Esportes, empresa da emissora de TV criada para negociar direitos de transmissão. O executivo não atendeu as ligações