Tite, enfim, ganha o mundo com o Timão
Depois de só posar ao lado do troféu do Mundial, quando estava no Al Wahda, técnico se consagra definitivamente com o Corinthians
Tite festeja título no gramado em YokohamaHouve quem não entendesse: às vésperas de disputar o Mundial de Clubes com o Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, Tite deixou o clube e aceitou, de pronto, o convite de Andrés Sanchez para assumir o Corinthians. Foi em outubro de 2010. A missão não era das mais fáceis: fazer o time reagir no Brasileiro. O fim dessa história é conhecido e teve o seu desfecho neste domingo, com Tite e o Corinthians comemorando o título mundial em Yokohama no Japão, completando a trinca com o Brasileiro e a Libertadores. Enfim, valeu a pena esperar a chance de voltar à competição com chance real de título.
Com o Mundial assegurado, Tite recordou uma passagem inusitada da época. “Me pediram para tirar uma foto ao lado da taça do Mundial (de 2010), mas eu pensei: ‘vai ser difícil chegar perto dela’. Mas o Corinthians surgiu de novo com essa possibilidade, e agora isso é um sonho realizado”, disse o técnico após levantar o troféu em Yokohama, com a vitória de 1 a 0 sobre o Chelsea.
Foi o terceiro título de Tite com o Corinthians desde a chegada quase “messiânica” de 2010. Mas, como toda boa história que se preze, tem seus momentos de drama que ajudam a criar os heróis.
Em 2010, Tite foi recebido no aeroporto como salvador. Ganhou até faixa de campeão daquele. Mas o timão não só ficou sem o título como também caiu para terceiro colocado na última rodada do Brasileirão, posição que o jogou para a Pré-Libertadores. Foi o primeiro momento problemático de Tite na sua segunda passagem pelo Parque São Jorge. Mas o pior ainda estava por vir.
No início de 2011, o que seria apenas uma formalização de classificação para a fase de grupos da Libertadores, o Corinthians foi eliminado pelo modesto Deportes Tolima, da Colômbia, com uma derrota em um acanhado campo da cidade Ibagué.
De volta para casa, a crise foi grande. A torcida, enfurecida, recebeu o time no CT com pedradas e pauladas. Roberto Carlos deixou o time, Ronaldo se aposentou e Tite... De Tite, muitos queriam a cabeça. Mas Sanchez segurou o técnico no cargo.
Deu certo. O Corinthians se recuperou e, sem medalhões, Tite montou uma equipe de “operários”, reforçado “cirurgicamente” e moldado para ser campeão.
Duelos históricos
O título brasileiro, que escapou em 2010, veio, com algum sofrimento, no ano seguinte. Com a vaga direta na Libertadores, a equipe de Tite sobrou na primeira fase. No mata-mata, dois duelos históricos: nas quartas de final contra o Vasco, grande rival no Brasileiro de 2010, a classificação só veio com o gol de Paulinho no fim do jogo. Expulso do gramado, Tite foi para o meio da Fiel. E de lá vibrou como um “louco” com a conquista.
Na semi contra o Santos, armou uma armadilha para o Peixe. Venceu na Vila com um gol de Emerson, e sem permitir que Neymar jogasse. No Pacaembu, o empate foi o suficiente para se garantir na final.
Na decisão contra o Boca Juniors, Tite deu mais uma demonstração de tática e visão, além de sorte. Amarrou o time argentino com uma forte marcação em Riquelme, responsável solitário pela criatividade do rival. Saiu perdendo, mas arriscou e se deu bem: lançou o jovem Romarinho que, como se estivesse em uma partida do Bragantino pela Série B, e não na Bombonera, marcou o gol de empate. No Pacaembu, Tite pouco tinha a fazer: bastava ganhar o jogo e comemorar o título. Escalou Emerson como centroavante e, por ali, fez os dois gols da vitória. Nos minutos finais, enquanto o banco de reservas já comemorava, o técnico pedia calma e suava, tenso. Esse é Tite.
Com o título, o treinador estava de volta ao Mundial, para completar a trajetória que fora interrompida em 2010, com uma proposta irrecusável do Corinthians. Valeu a pena. E o troféu passou a ser amis do que um ornamento para um foto.
Com o Mundial assegurado, Tite recordou uma passagem inusitada da época. “Me pediram para tirar uma foto ao lado da taça do Mundial (de 2010), mas eu pensei: ‘vai ser difícil chegar perto dela’. Mas o Corinthians surgiu de novo com essa possibilidade, e agora isso é um sonho realizado”, disse o técnico após levantar o troféu em Yokohama, com a vitória de 1 a 0 sobre o Chelsea.
Foi o terceiro título de Tite com o Corinthians desde a chegada quase “messiânica” de 2010. Mas, como toda boa história que se preze, tem seus momentos de drama que ajudam a criar os heróis.
Em 2010, Tite foi recebido no aeroporto como salvador. Ganhou até faixa de campeão daquele. Mas o timão não só ficou sem o título como também caiu para terceiro colocado na última rodada do Brasileirão, posição que o jogou para a Pré-Libertadores. Foi o primeiro momento problemático de Tite na sua segunda passagem pelo Parque São Jorge. Mas o pior ainda estava por vir.
No início de 2011, o que seria apenas uma formalização de classificação para a fase de grupos da Libertadores, o Corinthians foi eliminado pelo modesto Deportes Tolima, da Colômbia, com uma derrota em um acanhado campo da cidade Ibagué.
De volta para casa, a crise foi grande. A torcida, enfurecida, recebeu o time no CT com pedradas e pauladas. Roberto Carlos deixou o time, Ronaldo se aposentou e Tite... De Tite, muitos queriam a cabeça. Mas Sanchez segurou o técnico no cargo.
Deu certo. O Corinthians se recuperou e, sem medalhões, Tite montou uma equipe de “operários”, reforçado “cirurgicamente” e moldado para ser campeão.
Duelos históricos
O título brasileiro, que escapou em 2010, veio, com algum sofrimento, no ano seguinte. Com a vaga direta na Libertadores, a equipe de Tite sobrou na primeira fase. No mata-mata, dois duelos históricos: nas quartas de final contra o Vasco, grande rival no Brasileiro de 2010, a classificação só veio com o gol de Paulinho no fim do jogo. Expulso do gramado, Tite foi para o meio da Fiel. E de lá vibrou como um “louco” com a conquista.
Na semi contra o Santos, armou uma armadilha para o Peixe. Venceu na Vila com um gol de Emerson, e sem permitir que Neymar jogasse. No Pacaembu, o empate foi o suficiente para se garantir na final.
Na decisão contra o Boca Juniors, Tite deu mais uma demonstração de tática e visão, além de sorte. Amarrou o time argentino com uma forte marcação em Riquelme, responsável solitário pela criatividade do rival. Saiu perdendo, mas arriscou e se deu bem: lançou o jovem Romarinho que, como se estivesse em uma partida do Bragantino pela Série B, e não na Bombonera, marcou o gol de empate. No Pacaembu, Tite pouco tinha a fazer: bastava ganhar o jogo e comemorar o título. Escalou Emerson como centroavante e, por ali, fez os dois gols da vitória. Nos minutos finais, enquanto o banco de reservas já comemorava, o técnico pedia calma e suava, tenso. Esse é Tite.
Com o título, o treinador estava de volta ao Mundial, para completar a trajetória que fora interrompida em 2010, com uma proposta irrecusável do Corinthians. Valeu a pena. E o troféu passou a ser amis do que um ornamento para um foto.