‘Enquanto os outros contratam jogadores... nós contratamos gerentes e funcionários. Essa é a multiplicação dos peixes?’ ...
José Roberto Malia
A pueril faixa da torcida no aquário da Vila Belmiro mostra que o presidente Luís Álvaro Ribeiro, o popular Laor, está mais prestigiado do que a saúde, a segurança e a educação na exemplar ‘ilha da fantasia do mestre Tattoo’.
O mandachuva e raios do Peixe conseguiu a proeza de irritar conselheiros da situação e oposição, mesmo após a conquista de alguns títulos.
De vulcão em ebulição no início do mandato, com ideias inovadoras e aplausos intermináveis de boa parte da mídia, sempre apressada no veredicto, Laor se transformou em... mar morto.
Sobram elogios ao cartola, afastado do cargo por causa de problemas de saúde: até hoje, a criação de um fundo de R$ 40 milhões ficou no saco do Papai Noel; a venda de Ganso para o soberano Tricolor pelo valor da multa (R$ 53 milhões) foi fechada em R$ 23,8 milhões; o corte de funcionários aconteceu sumariamente: o número aumentou para 430, com vários embolsando mais que alguns jogadores; fechou as portas do futebol feminino e do futsal; folha de pagamentos do departamento profissional na ordem de R$ 7 milhões; e por amor ao coirmão, vestiu a camisa corintiana na final da Libertadores.
Com tanto confete e serpentina, conselheiros gostariam muito que Laor sofresse generoso impeachment, o que parece difícil, já que o pedido precisaria ser referendado por 141 assinaturas.
Por enquanto, a festa de arromba fica restrita a protestos de conselheiros e faixas nas arquibancadas. Alalaôr, ôôô, mais que calor, ôôô.
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Pousada do xerife. Após 12 temporadas na Europa, a estrela do xerife Lúcio ficará a serviço do soberano São Paulo. Aos 34 anos, ele assinou até o final de 2015. Do poderoso Planaltina, do Distrito Federal, o zagueiro pulou para o Saci Colorado e, em 2001, se mandou para o Bayer Leverkusen. Depois, defendeu o Bayern de Munique, que o dispensou. De mala e cuia, aterrissou na Inter de Milão e, em julho, acertou com a Juventus. Mesmo com o time utilizando três zagueiros, Lúcio não foi aproveitado. Cansado de comer trufas brancas, pediu para ir embora. Não deixará saudade.
Sugismundo Freud. Se você nasce sem pedir e morre sem querer, curta bem o intervalo.
Pif-Paf. Ávidos por um belo peru no Natal, os ambulantes aterrissaram na festa do ‘bando de loucos’ com várias quinquilharias. Mas faturaram bem menos do que imaginavam. É que a Caixa Econômica Federal, novo patrocinador máster do Corinthians, distribuiu pelo menos 20 mil faixas e cinco mil bandeirinhas aos torcedores. Alguns salvaram o pão nosso de cada dia com a venda de camisas.
Dona Fifi. Messi, Iniesta e Xavi, os três tenores da bola.
Calote. A pindaíba é tão grande no porto de São Januário que um representante de uma empresa vai dia sim e outro também cobrar uma promissória de... R$ 4.160. A firma construiu a cobertura do banco do CT das divisões de base, em Itaguaí. O serviço terminou em setembro e grana que é bom, nada. O clube não pagou nem o frete para levar o material. O representante juntou-se ao protesto de 50 torcedores contra o presidente Roberto Dinamite. Pediram a renúncia do cartola e atiraram bananas na entrada do clube. Eles também exigiram a derrubada da estátua do baixinho Romário.
Twitface. O meia Dagoberto virou moeda de troca no Saci colorado. Após 39 jogos, 10 gols e uma eternidade como chinelinho, o jogador sairá pela melhor oferta.
Gilete press. Deu na ‘Veja’: "As torcidas de dois times de futebol de Campina Grande, interior da Paraíba, já têm um ídolo em comum: o senador Vital do Rêgo (PMDB/PB), que acaba de fazer uma proposta para dedicar R$ 600 mil de suas emendas individuais para o clube Campinense, que joga pela série D, e para o Treze, que atua na C. O valor é três vezes maior que o empenhado pelo parlamentar para a compra de equipamentos hospitalares para a Fundação Assistencial da Paraíba. A proposta ainda precisa de aprovação pela Comissão de Orçamento e depois passar pelo crivo do Congresso." Acorda Brasil!
Tititi d’Aline. Lucas, o garoto de R$ 108 milhões, despediu-se da badalação paulista numa casa noturna em Pinheiros. Apenas os amigos mais chegados curtiram a festa até de madrugada. O cantor Gabriel, o Pensador, soltou a voz ao lado do ex-são-paulino, que vai se mandar para o PSG.
Você sabia que... a multa de Messi, a ‘Pulga’ argentina do Barcelona, continua sendo de 250 milhões de euros, apesar da renovação do contrato até 2018?
Bola de ouro. ‘Memórias de Chumbo o futebol nos tempos do Condor’. A série do companheiro Lúcio de Castro, que a ESPN está apresentando, é simplesmente imperdível. Um show de competência.
Bola de latão. Corintianos. Desnecessárias as provocações aos coirmãos palmeirenses, são-paulinos e santistas. Basta o título mundial.
Bola de lixo. Gilberto Kassab. O prefeito são-paulino fez de tudo, e mais um pouco, para esvaziar a festa corintiana.
Bola sete. "Nós ganhamos dentro de campo. Ninguém saiu no intervalo, não" (do sheik corintiano Emerson, cutucando a vitória do Tricolor na Sul-americana, em decisão que durou apenas 45 minutos o próximo Majestoso promete).
Dúvida pertinente. Dinamite implodiu o Vasco?
O que você achou?
