Cain Velasquez sobra, vence Júnior Cigano, e retoma o cinturão dos pesos pesados do UFC
Guarda baixa, bons bloqueios de queda, mas um gás decepcionante e um queixo de aço. Cain Velasquez venceu Júnior Cigano por decisão unânime em cinco rounds de domínio total do norte-americano, que recuperou, um ano e um mês depois, o cinturão dos pesos pesados do UFC.
Em Las Vegas, esperava-se um novo show do catarinense, tanto que as fugas das tentativas de queda de Velasquez, no começo do primeiro round, pareciam um toureiro dando olé. Porém, sempre caminhando para trás e com a guarda baixo, Cigano tomou um direto de Velasquez e tonteou. Não apagou, mesmo levando uma chuva de pedras ajoelhado, porque aprendeu a apanhar.
Pode-se dizer que foi um massacre do norte-americano em cima do catarinense, mas também dá para dizer que Cigano é um cara que aguenta firme muitos golpes. Mas sofrer socos e atacar pouco, sem contundência e nenhuma perpectiva de tentar usar o Jiu-Jitsu, não dão vitória. E Velasquez fez o contrário, bateu, botou no chão, aguentou alguns golpes e está de novo com a cinta de oura na cinturão. Após a luta, ao Sportv, Cigano explicou o que aconteceu.
- Desculpem, tentei o meu melhor. Não consegui conectar nenhum soco e infelizmente não deu. Eu aprendi que nenhuma derrota vai me vencer e eu vou voltar e pegar o meu cinturão de volta pra gente - sentenciou. Que isso aconteça.
Irreconhecível
Cigano ficou aquém do esperado, é fato, mas não dar os méritos para Cain Velasquez, um lutador realmente duro, que caiu em 2011 após um foguetaço bem encaixado, é sacanagem. Cain foi muito bem na luta, mesmo com uma certa lentidão, mostrou ter gás e uma melhora grande no Boxe, tanto que acertou muito mais socos que Cigano, além de socar bem a linha de cintura do catarinense, minando ainda mais o gás.
Voltando ao irreconhecível, o rosto de Cigano ficou assim. Muito machucado, com o lábio grande e o olho esquerdo quase fechando, tudo por causa da mão pesada de Velasquez.
Tréplica
Agora, espera-se que Dana White case em breve a terceira e definitiva luta entre os dois. Deve sair em 2013, lá para setembro ou outubro. Cigano deve fazer uma luta antes para ter direito a voltar ao cinturão. Se for bem, o UFC deve dar essa nova chance ao catarinense, que é um lutador fantástico, mas estava em uma noite de guarda baixa.
A luta foi as três da manhã, horário que o Cigano não treina, será que o dia a mais no Brasil, culpa do atraso de uma companhia aérea para ele viajar, prejudicou? Acredito que sim, mas não foi o principal motivo dele ter perdido.
Confira como foram as lutas do UFC 155
::: Cain Velasquez vence Júnior Cigano por decisão unânime, numa sonora surra.
::: Jim Miller venceu Joe Lauzon por decisão unânime. Que lutaço! Dois guerreiros que fizeram o público levantar no MGM Hotel, em Las Vegas. Lauzon teve dois furos, isso mesmo, furos na cabeça e jorrou sangue em Miller. O jogo de chão acabou ficando prejudicado por causa do sangue, tanto que Lauzon tentou duas chaves de calcanhar e uma guilhotina, mas acabou a luta enquanto ele ajustava o golpe. Como disse Joe Rogan, uma luta selvagem.
::: Costa Phillipou venceu Tim Boetsch por nocaute. A luta foi sangrenta, com um corte na testa de Boetsch, pouco conseguiu ver no terceiro round e, de forma estranha, tentava ir para as pernas de Costa puxando-o para a guarda, sempre ficando na pior e tomando mais socos. Se o Costa Phillipou fez o dele certinho, o Boetsch decepcionou muito.
::: Yushin Okami venceu Alan Belcher por decisão unânime. Uma luta de chão, sem fortes emoções, mas com o japonês Okami dominando o chão com facilidade.
::: Derek Brunson venceu Chris Leben por decisão unânime. A primeira luta do card principal teve um primeiro round que prometia, mas acabou decepcionando no terceiro com a falta de gás dos dois lutadores. Chegou a lembrar um lango-lango. Esperava mais de Leben, que até aguentou socos fortes, mas pouco agiu. Vitória justa de Brunson.
Card preliminar
::: Eddie Wineland venceu Brad Pickett por decisão dos juízes. Wineland quase conseguiu dois knockdowns no primeiro round, mas Pickett mostrou ter um queixo duro e vendeu caro a derrota.
::: Erik Perez venceu Byron Bloodworth por nocaute no primeiro round. Com domínio do combate, Perez ficou no ground and pound e, após uma joelhada certeira na costela, conseguiu ficar bem por cima e vencer com certa facilidade.
::: Jamie Varner venceu Melvin Guillard na decisão dos juízes, em luta com bons momentos.
::: Myles Jury venceu Michael Johnson por decisão dos juízes.
::: Todd Duffee venceu Philip De Fries por nocaute, praticamente em pé, no primeiro round. A luta dos pesos pesados foi rápida, com os dois indo bem, mas Duffee encaixou um upper e a sequência de chuva de pedra derrubou De Fries.
::: Max Holloway venceu Leonard Garcia por decisão dividida. Luta com boa trocação e os dois aguentaram bem os socos.
::: John Moraga vence, com uma guilhotina, Chris Carias no terceiro round.
Em Las Vegas, esperava-se um novo show do catarinense, tanto que as fugas das tentativas de queda de Velasquez, no começo do primeiro round, pareciam um toureiro dando olé. Porém, sempre caminhando para trás e com a guarda baixo, Cigano tomou um direto de Velasquez e tonteou. Não apagou, mesmo levando uma chuva de pedras ajoelhado, porque aprendeu a apanhar.
Pode-se dizer que foi um massacre do norte-americano em cima do catarinense, mas também dá para dizer que Cigano é um cara que aguenta firme muitos golpes. Mas sofrer socos e atacar pouco, sem contundência e nenhuma perpectiva de tentar usar o Jiu-Jitsu, não dão vitória. E Velasquez fez o contrário, bateu, botou no chão, aguentou alguns golpes e está de novo com a cinta de oura na cinturão. Após a luta, ao Sportv, Cigano explicou o que aconteceu.
- Desculpem, tentei o meu melhor. Não consegui conectar nenhum soco e infelizmente não deu. Eu aprendi que nenhuma derrota vai me vencer e eu vou voltar e pegar o meu cinturão de volta pra gente - sentenciou. Que isso aconteça.
Irreconhecível
Cigano ficou aquém do esperado, é fato, mas não dar os méritos para Cain Velasquez, um lutador realmente duro, que caiu em 2011 após um foguetaço bem encaixado, é sacanagem. Cain foi muito bem na luta, mesmo com uma certa lentidão, mostrou ter gás e uma melhora grande no Boxe, tanto que acertou muito mais socos que Cigano, além de socar bem a linha de cintura do catarinense, minando ainda mais o gás.
Voltando ao irreconhecível, o rosto de Cigano ficou assim. Muito machucado, com o lábio grande e o olho esquerdo quase fechando, tudo por causa da mão pesada de Velasquez.
Tréplica
Agora, espera-se que Dana White case em breve a terceira e definitiva luta entre os dois. Deve sair em 2013, lá para setembro ou outubro. Cigano deve fazer uma luta antes para ter direito a voltar ao cinturão. Se for bem, o UFC deve dar essa nova chance ao catarinense, que é um lutador fantástico, mas estava em uma noite de guarda baixa.
A luta foi as três da manhã, horário que o Cigano não treina, será que o dia a mais no Brasil, culpa do atraso de uma companhia aérea para ele viajar, prejudicou? Acredito que sim, mas não foi o principal motivo dele ter perdido.
Confira como foram as lutas do UFC 155
::: Cain Velasquez vence Júnior Cigano por decisão unânime, numa sonora surra.
::: Jim Miller venceu Joe Lauzon por decisão unânime. Que lutaço! Dois guerreiros que fizeram o público levantar no MGM Hotel, em Las Vegas. Lauzon teve dois furos, isso mesmo, furos na cabeça e jorrou sangue em Miller. O jogo de chão acabou ficando prejudicado por causa do sangue, tanto que Lauzon tentou duas chaves de calcanhar e uma guilhotina, mas acabou a luta enquanto ele ajustava o golpe. Como disse Joe Rogan, uma luta selvagem.
::: Costa Phillipou venceu Tim Boetsch por nocaute. A luta foi sangrenta, com um corte na testa de Boetsch, pouco conseguiu ver no terceiro round e, de forma estranha, tentava ir para as pernas de Costa puxando-o para a guarda, sempre ficando na pior e tomando mais socos. Se o Costa Phillipou fez o dele certinho, o Boetsch decepcionou muito.
::: Yushin Okami venceu Alan Belcher por decisão unânime. Uma luta de chão, sem fortes emoções, mas com o japonês Okami dominando o chão com facilidade.
::: Derek Brunson venceu Chris Leben por decisão unânime. A primeira luta do card principal teve um primeiro round que prometia, mas acabou decepcionando no terceiro com a falta de gás dos dois lutadores. Chegou a lembrar um lango-lango. Esperava mais de Leben, que até aguentou socos fortes, mas pouco agiu. Vitória justa de Brunson.
Card preliminar
::: Eddie Wineland venceu Brad Pickett por decisão dos juízes. Wineland quase conseguiu dois knockdowns no primeiro round, mas Pickett mostrou ter um queixo duro e vendeu caro a derrota.
::: Erik Perez venceu Byron Bloodworth por nocaute no primeiro round. Com domínio do combate, Perez ficou no ground and pound e, após uma joelhada certeira na costela, conseguiu ficar bem por cima e vencer com certa facilidade.
::: Jamie Varner venceu Melvin Guillard na decisão dos juízes, em luta com bons momentos.
::: Myles Jury venceu Michael Johnson por decisão dos juízes.
::: Todd Duffee venceu Philip De Fries por nocaute, praticamente em pé, no primeiro round. A luta dos pesos pesados foi rápida, com os dois indo bem, mas Duffee encaixou um upper e a sequência de chuva de pedra derrubou De Fries.
::: Max Holloway venceu Leonard Garcia por decisão dividida. Luta com boa trocação e os dois aguentaram bem os socos.
::: John Moraga vence, com uma guilhotina, Chris Carias no terceiro round.