Sorteio junta brasileiros e forma grupos de peso
O sorteio dos enfrentamentos da pré-Libertadores acabou amontoando quatro brasileiros em duas chaves. Atlético-MG e São Paulo estão no Grupo 3, ao lado do Arsenal, da Argentina, e do The Strongest, da Bolívia. Mineiros e paulistas já se enfrentam nesta quarta-feira, às 22h, no Independência, em Belo Horizonte. Fluminense e Grêmio também compartilham um grupo, o 8, ao lado de Caracas, da Venezuela, e Huachipato, do Chile. O clube carioca vai à terra de Hugo Chávez nesta quarta-feira. Já os gaúchos recebem os chilenos na quinta.
Palmeiras e Corinthians estão em chaves sem brasileiros. O Verdão estreia nesta quinta-feira no Grupo B. Recebe o Sporting Cristal, do Peru, em quadrangular que também tem o Libertad, do Paraguai, e o Tigre, da Argentina. Já o Timão, no Grupo 5, terá que viajar continente afora para encarar o Millonarios, da Colômbia, o San José, da Bolívia, e o Tijuana, do México. A estreia é na semana que vem, diante dos bolivianos.
Mas o perigo está espalhado também pelas outras chaves. Nos grupos sem brasileiros, estão equipes acostumadas a disputar a Libertadores. E a vencê-la. Ali estão 18 títulos da Libertadores.
Detalhe: nove deles residem no Grupo A, com as presenças do Boca Juniors, hexacampeão, e dos uruguaios do Nacional, tricampeões. A chave ainda tem o Barcelona, do Equador, duas vezes vice, e o Toluca, do México. Outro grupo de respeito é o 4, com o Peñarol, cinco vezes vencedor do torneio, o Vélez Sarsfield, ganhador em 1994, e o Emelec, presença quase obrigatória na competição - mas raramente com sucesso. O novato Deportes Iquique, do Chile, fecha a chave.
No Grupo 7, está o Olimpia, do Paraguai, que tenta se recuperar do trauma da eliminação precoce no ano passado. Uma derrota em casa para o Emelec, por 3 a 2, com gol no último minuto, eliminou a equipe de Assunção ainda na primeira fase - e também derrubou o Flamengo. Tricampeões, os paraguaios agora disputam classificação com adversários complicados: o Newell's Old Boys, da Argentina, e o Universidad de Chile, além do Deportivo Lara, da Venezuela.
Apenas o Grupo 6 não tem qualquer equipe ganhadora da Libertadores. Parece ser a chave mais frágil. A experiência fica a cargo do Cerro Porteño, do Paraguai, acompanhado por Deportes Tolima e e Santa Fé, da Colômbia, e Real Garcilaso, do Peru.
Vigilância aumenta, e torneio tem primeiros julgamentos
A entidade criou uma espécie de comitê, com um representante de cada país participante da competição, para analisar questões disciplinares, inclusive extracampo. Mas uma das mudanças, que já representa uma pequena revolução, é focada nas quatro linhas. A partir deste ano, os atletas serão suspensos ao receber o terceiro cartão amarelo. Antes, os clubes pagavam uma multa.
Foi criado um código disciplinar. Nele, são prometidas penas pesadas, incluindo interdição do estádio, perda de pontos e até eliminação da competição para episódios como invasão de campo ou arremesso de objetos no gramado. A suspensão a atletas também entra em novo patamar. Pode chegar a dez partidas, no caso de agressão a alguma autoridade do jogo.
E os primeiros episódios já aconteceram. Erick Torres, assistente técnico do César Vallejo, do Peru, pegou quatro jogos de suspensão e levou uma multa de quase R$ 4 mil por insultar o árbitro na partida contra o Tolima, da Colômbia, na pré-Libertadores. E o Grêmio foi obrigado a fechar a área da Geral na Arena depois de torcedores se ferirem durante realização da avalanche contra a LDU - a grade de proteção cedeu. O clube também terá que pagar uma multa de quase R$ 70 mil