Roberto Rojas comanda o treino do São Paulo em 2003

Ex-técnico do São Paulo e goleiro do Chile, Rojas precisa de transplante de fígado para curar hepatitte

Roberto Rojas comanda o treino do São Paulo em 2003
O ex-goleiro chileno Roberto Rojas, que foi por muito tempo preparador de goleiros do São Paulo e até técnico do time principal em 2003, precisa de um transplante de fígado para curar uma hepatite C.
"Me disseram que preciso de um novo fígado, o meu só funciona 20%. Foi quando eu estava sentindo alguns incômodos", falou Rojas para o UOL Esporte nesta quarta-feira. "Há quatro meses não me senti bem. Tinha falta de ar. Me fizeram uma cirurgia e tiraram 11 litros de líquido. Sentia muitas dores na cabeça."

“Essa hepatite foi detectada há um ano e meio atrás e agora preciso de um transplante. Estou fazendo os tratamentos”, continuou.Rojas é numero 257 de uma lista de 5 mil para o transplante do hospital Albert Einstein. Questionado sobre isso, afirmou não ter ideia de quando isso possa ocorrer. "Nesse momento não sei. São as pessoas que estão avaliando que vão saber disso."
De acordo com a mulher do jogador, Viviane, o casal tem que ficar o tempo todo preparado, pois a qualquer momento o ex-jogador jogador pode ser chamado.
Enquanto isso, Rojas faz tratamento em casa a base de alguns remédios, diuréticos e com alimentação sem sal. O ex-goleiro contraiu a doença há cerca de 15, 20 anos, provavelmente por uma transfusão de sangue quando fez uma cirurgia de vesícula.
“Temos que ficar sempre no telefone ligado, 24 horas por dia pra ligação e tem caso da compatibilidade sanguínea. O hospital liga e fala que tem que se apresentar. É rápido e tem que estar preparado”, falou a mulher do jogador.
Rojas vive em São Paulo atualmente e está fora do futebol. Ele ficou conhecido mundialmente em 1989 depois de simular ter sido atingido por um sinalizador em um jogo entre Brasil e Chile, no Maracanã, pelas eliminatórias sul-americanas.
De maneira premetidada, o goleiro e sua equipe tentavam cancelar o jogo para evitar a desclassificação chilena para o Mundial de 1990, na Itália. O arqueiro entrou em campo com uma lâmina de barbear escondida disposto a simular uma agressão ou corte em algum lance da partida.
Mas o sinalizador atirado por uma torcedora acabou por servir, na base do improviso, como parte do plano do arqueiro, que simulou ter sido atingido. O jogo foi paralisado, e os chilenos abandonaram o campo alegando falta de segurança.
Mas, após algumas investigações, a Fifa descobriu a farsa e decidiu banir Rojas do futebol e suspender o Chile de jogos internacionais por cinco anos. No começo da década de 2000, a Fifa decidiu retirar a punição e permitiu que o ex-goleiro voltasse a trabalhar no futebol. Rojas foi treinador de goleiros do São Paulo até 2006 e depois deixou o clube.


Rosenery Mello do Nascimento, a “fogueteira do Maracanã”, teve constatada morte cerebral neste sábado, aos 45 anos. Ela estava no Hospital Naval Marcílio Dias, no Rio de Janeiro, após sofrer um aneurisma cerebral. Os médicos tentaram a operação, mas ela não resistiu ao procedimento. Rosenery ficou famosa por ser protagonista de uma das histórias mais inusitadas do futebol. Em 1989, durante uma partida válida pelas Eliminatórias da Copa de 1990 entre Brasil e Chile, ela disparou um sinalizador na direção do campo.