Paulo Nobre falou pela primeira vez sobre a decisão de negociar Barcos com o Grêmio
Nobre diz que temia ver Barcos acionar Justiça e justifica venda com vontade do jogador
Do UOL, em São PauloPaulo Nobre, enfim, quebrou o silêncio sobre a transação de Hernán Barcos para o Grêmio. O presidente do Palmeiras discursou na tarde desta sexta-feira, em Itu, local em que o elenco treina e se concentra para o clássico contra o Corinthians, e justificou a transferência com o que julgou ser a vontade do argentino. O temor de que o atacante acionasse a Justiça por conta de salários atrasados também foi utilizado em defesa da transação.
“O Palmeiras deu aumento em dezembro com data retroativa a outubro e não honrou. Isso dava ensejo ao Barcos de pleitear sair do clube. Eu não quis correr esse risco. Ele teve uma atitude 100% com o Palmeiras, foi sério, respeitou a instituição”, disse Nobre pouco antes da apresentação de Leo Gago e Leandro, dois reforços vindos na troca com o Grêmio.
O Grêmio necessitava do Barcos, o Palmeiras necessitava montar um elenco. Quando veio a proposta ele manifestou vontade de sair do clube por causa do sonho de jogar a Copa do Mundo. Ele tinha intenção de sair do Palmeiras para não jogar Série B, então respeitamos a vontade do jogador porque podíamos perdê-lo”, complementou o presidente.
Dos 7 milhões de euros envolvidos no negócio, irão para o caixa do clube paulista R$ 4 milhões. Cerca de R$ 1,3 milhão caberá a Barcos como pagamento da dívida referente a direitos de imagem que o clube paulista tem com ele. A LDU, clube anterior do argentino, receberá R$ 1,5 milhão, valor que o Palmeiras ainda lhe deve pela transferência de 2012. O valor restante corresponde ao valor de mercado dos atletas envolvidos pelo Grêmio no processo (Leo Gago, Leandro, Vilson e Rondinelli).
““Íamos ter a troca por cinco jogadores, mais compensação e dívidas. O Grêmio nos apresentou uma lista e estamos escolhendo cirurgicamente. Foi a primeira decisão polêmica dessa presidência, e eu posso até vir a errar, mas não vou errar por omissão. É um ônus da presidência tomar decisões difíceis quando elas aparecerem. Toda decisão será o melhor para o Palmeiras”, encerrou Nobre.
O Palmeiras continuará dono de 15% dos direitos do atacante, podendo ainda lucrar em futuras negociações do centroavante com outras equipes