Dentro de campo, Flu foi 'atropelado', fora dele, problemas para os associados
Sócios do Flu relatam caos para assistir jogo contra o Grêmio; clube culpa empresa
A noite que terminaria com uma pesada derrota por 3 a 0 do Fluminense para o Grêmio, começou de maneira muito pior para centenas de sócios do time das Laranjeiras. O UOL Esporte acompanhou a entrada de integrantes do plano 'sócio-futebol' no setor Leste do estádio Engenhão e entrevistou tricolores que tentavam receber suas carteirinhas. Com poucos funcionários para tantos torcedores, houve caos, empurra-empurra e até quem desistisse de acompanhar a primeira partida da equipe em casa. Em nota, o clube responsabiliza uma empresa de tecnologia.O plano de sócio-futebol, aprovado em Assembléia Geral no Fluminense em novembro do ano passado, dá desconto de 50% e prioridade na compra de ingresso aos torcedores. Porém, a carteirinha que serve como identificação e entrada nas catracas dos estádios, ainda não foi entregue para grande parte dos novos associados. A estratégia foi distribuir o documento na porta, mas o que se viu foi uma enorme confusão, brigas e muitos torcedores que só conseguiram entrar no Engenhão após o início do jogo.
CONFUSÃO PARA SÓCIOS ENTRAREM NO ENGENHÃO
Funcionárias jogam carteirinhas de sócios do Fluminense no chão para acelerar processo
A reportagem também presenciou vários sócios que já haviam comprado suas entradas, desistindo de assistir ao jogo. Outros buscavam ingressos com cambistas que cobravam até R$ 100 por um lugar. O preço dos ingressos (o mais barato para o torcedor 'comum' saia por R$ 40) também foi alvo de reclamações. No desespero, uma cena curiosa. Funcionários despejaram as carteirinhas no chão tentando procurar nomes rapidamente para evitar a fila.
"Vi muita gente que nem conseguiu receber a carteira de sócio-futebol, passando direto nas catracas apresentando o voucher de compra. Alguns receberam ingressos de outros setores que nem tinham comprado, lugares piores. Os funcionários foram xingados e ficaram com medo, mas a culpa não era só deles, foi uma situação lamentável", declarou o tricolor Luiz Garcia Ribeiro.
Em nota, o Fluminense culpa a empresa de tecnologia responsável pelo serviço. Recentemente o time das Laranjeiras contratou a Amazon para comercializar o novo plano. Outra empresa do mesmo setor, a Probid, também havia firmado um vínculo para prestar serviços no desenvolvimento do sócio-futebol.
A confusão, porém, não é nova. No ano passado, na partida da festa do título, contra o Cruzeiro, no Engenhão, muitos torcedores também se queixaram do atendimento do clube e desistiram de acompanhar o jogo. Na ocasião, a fila para retirada das carteirinhas foi alterada de local, provocando tumulto.
Confira o comunicado do clube sobre os problemas
O problema com as carteiras de novos sócios que tiveram dificuldades no acesso ao Engenhão na partida contra o Grêmio foi causado pela empresa de tecnologia responsável pelo serviço. O Fluminense pede desculpas pelo transtorno e já acionou a empresa contratada para dar explicações sobre o ocorrido.