No entanto, três das últimas quatro edições foram organizadas por dois países, com a Polônia e a Ucrânia sendo as anfitriãs do torneio atual, que vai se encerrar no domingo com a final entre Espanha e Itália. Este ano, o torneio foi realizado em oito cidades.
Mas os gastos dos futuros anfitriões podem crescer após a Uefa decidir aumentar o número de seleções do torneio de 16 para 24 a partir da próxima edição, marcada para a França, em 2016. "Isso pode surpreender", disse Platini, na véspera da final. O torneio "poderia ter um país com 12 cidades ou ter 12 ou 13 cidades de toda a Europa".
O chefe do órgão regulador do futebol europeu disse que a decisão sobre como proceder com a sua ideia será tomada em dezembro ou janeiro. O Comitê Executivo da Uefa, presidido por Platini, estabeleceu maio de 2014 como a data para decidir a sede da Eurocopa de 2020.
"É uma ideia com a qual estou muito apaixonado", disse Platini, que marcou nove gols como capitão da seleção francesa que venceu o torneio em 1984 e que foi disputado por oito equipes. Para Platini, realizar a Eurocopa em 12 ou 13 cidades "será muito mais fácil a partir de uma perspectiva financeira".
O peso sobre os países anfitriões pode ser ainda mais difícil de suportar durante uma crise econômica, que agora afeta países de várias partes do continente. Polônia e Ucrânia tiveram de investir bilhões de dólares em infraestrutura, incluindo a construção de novos estádios e reformas de aeroportos, transporte público, sistemas de comunicação e avenidas.
"Nós não precisamos construir aeroportos, especialmente neste momento em que temos uma crise econômica", argumentou Platini. "Nós vamos ter mais jogos nos estádios e, se você olhar para o investimento nos estádios para apenas três jogos, é muito caro", disse referindo aos gastos feitos em cidades como Kharkiv e Lviv, que sediaram apenas três partidas nesta Eurocopa.