Leão: conversa da demissão durou 30 segundos
Demitido nesta terça, treinador garante clima amistoso com Juvenal Juvêncio, mas diz que não tem mais o que conversar com presidente
 “Ele disse ‘Leão, nós vamos encerrar aqui’. Falei ‘muito obrigado, não temos mais nada o que conversar’. Uma vez que nós vamos encerrar, a única que resta conversar é a parte burocrática. E isto não compete ao presidente. Pra que que eu vou ficar conversando? Eu agradeci, ‘muito obrigado seu Juvenal. Até logo’. Não temos constrangimento nenhum. Somos duas pessoas adultas e de cabelo branco”, disse o comandante, em entrevista coletiva nesta terça-feira. 
 Apesar dos conflitos que viveu no clube, como o afastamento do zagueiro Paulo Miranda pela diretoria, Leão reafirmou que não vai levar problemas com os cartolas tricolores. 
 “A conversa deve ter dado 30 segundos, numa boa. Não tem absolutamente nada. Se eu passar pelo Juvenal agora, vou cumprimentá-lo da mesma maneira como cumprimentei quando cheguei. Se eu passar por todos os funcionários vai ser igualzinho. Não tem que ter revolta. Tem que ter compreensão. E, às vezes, sendo compreensivo você até ajuda o clube na hora de sair”, garantiu.  
 “Estou saindo bem sereno, bem tranquilo, bem consciente de uma realidade que aqui estive durante oito meses. Fui contratado para dois, estou há oito. Isso acontece, é normal com todos. Quem chegou à porta da felicidade poderia ter aberto. E não foi o nosso caso, foi o adversário”, acrescentou, ainda lamentando a eliminação para o Coritiba nas semifinais da Copa do Brasil. 
 Com a demissão de Leão, o São Paulo começa a busca por um novo treinador. Marcelo Oliveira, do Coritiba, e Vadão, do Guarani, são os nomes mais especulados até o momento. O português André Villas-Boas, ex-Chelsea e atualmente sem clube, também já teria sido sondado para assumir o Tricolor.