“Queremos o cumprimento do regulamento e do calendário. Mais de 2 mil profissionais estão sendo prejudicados com essa paralisação, entre jogadores e comissão técnica” afirmou Sestário ao Lancenet!.
O que deu o impulso inicial a atitude dos times prejudicados foi a informação de que a Serie C e D desse ano poderiam não acontecer, informação conseguida pelo presidente do Fortaleza, Osmar Baquit, junto ao diretor de desenvolvimento e projetos da CBF, Reinaldo Bastos.
“Não estamos pedindo esmola. Queremos o que nos é de direito. Tudo isso é culpa da CBF, que fez arranjo com o Rio Branco. Aí todo mundo se achou no direito de entrar na Justiça comum para resolver” comentou Baquit, já revelando a estratégia caso a Série C não comece logo: “Tentaremos fazer com que a CBF pague os salários dos jogadores. Aumentamos a folha salarial pensando que teria jogo e está difícil cumprir os compromissos”.
O Santa Cruz está também preocupado com os patrocinadores.
“Isso prejudica a arrecadação e os patrocinadores também estão reclamando. Estamos pensando em uma ação por perdas e danos se a Série C não começar logo” disse o diretor de futebol coral, Albertinho dos Anjos.
Um dos quatro rebaixados da Série B-2011, o Icasa, que não entrou em campo, chegou a cogitar entrar com uma ação para também parar a Segundona, mas isso foi descartado.
CBF espera solução até quarta-feira
Para derrubar as liminares de Treze, Brasil de Pelotas e Araguaína e fazer com que as Séries C e D sejam liberadas pelo STJD, a diretoria jurídica da CBF já está se movimentando. Com a estratégia de acionar cada Tribunal estadual, já foram feitas ações nas Justiças gaúcha e paraibana. A alternativa de levar o caso a instâncias superiores – STJ e STF – não está descartada.
Tentando atender os interesses de Santa Cruz e Salgueiro, para ajudar a resolver o caso da Série C, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, esteve reunido na sexta-feira com o diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes.
“Foi um encontro de trabalho, por causa do risco de não termos a competição. Até o momento, já fizemos metade do que dá para fazer. Vamos completar isso até segunda-feira e esperamos uma decisão definitiva no máximo até quarta-feira” informou o dirigente, ressaltando que a CBF está de mãos atadas: “Essas liminares impedem qualquer atitude da CBF, já que preveem multa em caso de descumprimento”.