Clubes procuram Justiça para Série C começar
 
Preocupados com prejuízos, eles resolveram se unir para garantir a Terceirona de 2012
Para que a edição da Serie C deste ano, que foi paralisada por imbróglios judiciais, comece logo, os 20 clubes participantes se uniram na justiça. Preocupados com possíveis prejuízos financeiros, os times deram entrada em um processo no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Os clubes que articularam a união foram o Santa Cruz e o Fortaleza, os dois que mais faturam com a renda de partidas graças aos estádios cheios, e oresponsável em ingressar a documentação é o advogado Osvaldo Sestário.
 “Queremos o cumprimento do regulamento e do calendário. Mais de 2 mil profissionais estão sendo prejudicados com essa paralisação, entre jogadores e comissão técnica” afirmou Sestário ao Lancenet!.
 O que deu o impulso inicial a atitude dos times prejudicados foi a informação de que a Serie C e D desse ano poderiam não acontecer, informação conseguida pelo presidente do Fortaleza, Osmar Baquit, junto ao diretor de desenvolvimento e projetos da CBF, Reinaldo Bastos.
 “Não estamos pedindo esmola. Queremos o que nos é de direito. Tudo isso é culpa da CBF, que fez arranjo com o Rio Branco. Aí todo mundo se achou no direito de entrar na Justiça comum para resolver” comentou Baquit, já revelando a estratégia caso a Série C não comece logo: “Tentaremos fazer com que a CBF pague os salários dos jogadores. Aumentamos a folha salarial pensando que teria jogo e está difícil cumprir os compromissos”.
 O Santa Cruz está também preocupado com os patrocinadores.
 “Isso prejudica a arrecadação e os patrocinadores também estão reclamando. Estamos pensando em uma ação por perdas e danos se a Série C não começar logo” disse o diretor de futebol coral, Albertinho dos Anjos.
 Um dos quatro rebaixados da Série B-2011, o Icasa, que não entrou em campo, chegou a cogitar entrar com uma ação para também parar a Segundona, mas isso foi descartado.

CBF espera solução até quarta-feira

Para derrubar as liminares de Treze, Brasil de Pelotas e Araguaína e fazer com que as Séries C e D sejam liberadas pelo STJD, a diretoria jurídica da CBF já está se movimentando. Com a estratégia de acionar cada Tribunal estadual, já foram feitas ações nas Justiças gaúcha e paraibana. A alternativa de levar o caso a instâncias superiores – STJ e STF – não está descartada.
 Tentando atender os interesses de Santa Cruz e Salgueiro, para ajudar a resolver o caso da Série C, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol, Evandro Carvalho, esteve reunido na sexta-feira com o diretor jurídico da CBF, Carlos Eugênio Lopes.
 “Foi um encontro de trabalho, por causa do risco de não termos a competição. Até o momento, já fizemos metade do que dá para fazer. Vamos completar isso até segunda-feira e esperamos uma decisão definitiva no máximo até quarta-feira” informou o dirigente, ressaltando que a CBF está de mãos atadas: “Essas liminares impedem qualquer atitude da CBF, já que preveem multa em caso de descumprimento”.