Vasco reduz penhora de dívida com Romário para 5% e quer devolução de pagamento

Do UOL, no Rio de Janeiro A batalha judicial entre Romário e Vasco segue. O clube venceu o novo round
Em mais um capítulo da batalha judicial contra Romário, o Vasco obteve uma importante vitória nesta quarta-feira. O departamento jurídico reduziu a penhora obtida pelo atual deputado federal sobre alguns direitos econômicos para 5%. Além disso, o clube exige que o Baixinho apresente os documentos que comprovam a dívida no valor de R$ 58 milhões. Caso contrário, o Cruzmaltino entrará com uma ação cobrando o dobro do que considera ter pago indevidamente, cerca de R$ 16 milhões corrigidos.
Apesar da vitória na Justiça, a decisão ainda não satisfaz o clube de São Januário. Os advogados acreditam em indícios de fraude na confecção da confissão de dívida entre Romário e o ex-presidente Eurico Miranda. Segundo o advogado Rafael Lima, do Escritório Marcello Macêdo, o pedido de exibição dos contratos de imagem na Vara de origem somado ao fato da confissão de dívida não preencher os requisitos estatutários conduz à conclusão de que a execução possui dias contados
Anteriormente, o ex-jogador chegou a conseguir na Justiça a penhora dos direitos econômicos de Dedé e outros atletas em caso de uma futura venda. Ainda cabe recurso dos advogados de Romário, mas o Vasco espera receber o dobro do que considera ter pago indevidamente. O montante de R$ 8 milhões corrigido chegaria a R$ 16 milhões.

ENTENDA TUDO SOBRE A BRIGA JUDICIAL

Vinicius Castro/UOL
A batalha judicial entre Vasco e Romário está longe de terminar. Além de valores que chegam a cerca de R$ 58 milhões cobrados pelo atual deputado federal, o processo tem inúmeras nuances e se arrasta desde maio de 2004.
O processo de Romário contra o Vasco acontece em razão de uma confissão de dívida no valor de R$ 22.498.000,00, assinada por Eurico Miranda. A ação da Romário Sports, Marketing e Empreendimentos Ltda EPP contra o Vasco foi interposta em 29 de março de 2012.
A base foi o acordo firmado em 21 de maio de 2004, no qual o clube confessou ser devedor e prometeu quitar o débito em 150 parcelas de R$ 150 mil e devidas correções. Os pagamentos foram realizados em sua totalidade até maio de 2005 e retomados apenas em abril de 2007. Desde julho de 2008, a partir da posse da atual administração de Roberto Dinamite, os depósitos foram cessados.