Diretor de futebol do Grêmio chama seguranças de 'macaco' e é detido no Engenhão

Pedro Ivo Almeida e Marinho Saldanha
Do UOL, no Rio de Janeiro e em Porto Alegre

Paulo Pelaipe (d), diretor executivo do Grêmio, foi detido após discutir com seguranças no Engenhão
Paulo Pelaipe (d), diretor executivo do Grêmio, foi detido após discutir com seguranças no Engenhão
O diretor executivo de futebol do Grêmio, Paulo Pelaipe, discutiu com seguranças do Engenhão antes do duelo entre Grêmio e Flamengo, neste domingo. O dirigente pretendia ir ao gramado, foi impedido pois o número de cartolas do clube visitante já havia sido excedido e chamou dois profissionais da Federação Carioca de Futebol de 'macaco', segundo os Policiais Militares que estavam presentes. Pelaipe recebeu voz de prisão, seria encaminhado ao Juizado Especial Criminal (Jecrim), mas acabou liberado pois os seguranças preferiram não registrar ocorrência. Ele nega os xingamentos racistas.
"Não houve nada demais. Eu não sabia desta orientação, deste limite de pessoas para estarem no campo. Quando enfrentamos o Botafogo pelo Brasileiro eu pude ir ver o gramado. Hoje eu iria, mas fui impedido, daí discutimos. Eu disse que seria melhor se nós tivéssemos esta informação antecipadamente", disse Pelaipe à Rádio Gaúcha, negando a acusação.
Sete dirigentes do time visitante são autorizados a ficarem no gramado do Engenhão antes dos jogos. O Grêmio já tinha este número excedido. Impossibilitado de ir ao gramado, Pelaipe se irritou e começou a confusão. Segundo os policiais presentes, houve o problema com xingamentos racistas a dois seguranças.
A confusão durou pouco e não houve sequer registro em documento. Entre a beira do gramado e o Jecrim o acerto ocorreu. Os seguranças xingados preferiram não registrar queixa. "Não houve assinatura de documento nem nada do tipo. Só conversamos e nos acertamos", finalizou Pelaipe.
Flamengo e Grêmio jogam às 18h30 deste domingo pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro.