Santos confirma que chegou a acordo com São Paulo, mas ainda não libera meia por pendências com DIS
O São Paulo não vai aumentar o valor que ofereceu por Ganso

A última proposta do São Paulo para contratar Paulo Henrique Ganso, feita na noite desta terça-feira, finalmente satisfez os interesses financeiros da diretoria santista. O Santos, no entanto, ainda não vai liberar o meia para acertar com o rival tricolor. O clube da Vila Belmiro esclareceu, nesta quarta-feira, em nota publicada no site oficial, que ainda aguarda algumas pendências jurídicas com a DIS (grupo que detém 55% dos direitos de Ganso) serem resolvidas para selar o negócio de vez.
O problema entre Santos e DIS na Justiça já existe há algum tempo e envolve a gestão anterior à do presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, atual presidente do clube. O antecessor dele, Marcelo Teixeira, vendeu 25% dos direitos de sete jogadores-promessa do time (entre eles, Paulo Henrique Ganso) para o grupo Sonda por um valor que é bastante questionado pelo cartola.
Sendo assim, o Santos briga na Justiça para reaver parte dos direitos de Paulo Henrique Ganso que passaram a ser do grupo Sonda no ano passado também por uma decisão judicial - esta que manteve a porcentagem dos jogadores adquiridas pela DIS no negócio fechado com o clube durante a gestão de Marcelo Teixeira.
Com a iminência da venda de Ganso ao São Paulo, o Santos quer aproveitar o momento para pressionar a DIS a firmar um acordo judicial que resolva essas pendências - especula-se que o clube estaria interessado em receber, além dos R$ 23,8 milhões equivalentes à sua parte da multa rescisória, uma porcentagem específica sobre negócios futuros envolvendo o meia, para, assim, encerrar de vez o processo que corre na Justiça.

Leia a nota oficial divulgada pelo Santos:

"O Santos FC esclarece, a respeito das informações publicadas hoje em parte da imprensa, que:

1) Recebeu ontem nova proposta do São Paulo FC pelo atleta Paulo Henrique Ganso. O documento, do ponto de vista financeiro, atende aos interesses do Clube;

2) Os assessores jurídicos do Santos FC não recomendam a negociação enquanto houver pendências na Justiça envolvendo parte dos direitos econômicos do atleta junto à empresa DIS. Esta situação é de conhecimento do São Paulo FC".