Chelsea segura pressão, vence o Barcelona e amplia jejum catalão
Reprodução/ESPN
Mais uma vez o Chelsea conseguiu fazer o que muitos julgam ser impossível e parou o Barcelona: os ingleses venceram em Londres por 1 a 0 com a força da defesa e do contra-ataque e levaram boa vantagem para a terça-feira que vem, no duelo de volta das semifinais da Champions League, na
Espanha. Drogba fez o único gol da partida em um dos raros ataques do time. Esta foi apenas a quinta vez na temporada que o Barça, até então invicto neste torneio, não marcou nenhum gol.

Os ingleses se classificarão pela quarta vez em uma eliminatória de Champions em cinco confrontos contra o Barça se repetirem o resultado das últimas três partidas feitas contra os catalães no estádio adversário, o empate. Desde que marquem no Camp Nou, os Blues também avançam com uma derrota por um gol de diferença.

Para ser bicampeão, por sua vez, o Barcelona precisa fazer o que não consegue há seis anos e seis partidas, vencer o Chelsea e o que só realizou uma vez, bater o rival por dois gols de diferença. Em 2000, ainda com Rivaldo e Guardiola como jogador, os ‘Blaugraná’ anotaram 3 a 1 no tempo normal e marcaram mais dois na prorrogação.

Por enquanto os ingleses vão se vingando da traumática eliminação para o Barça nas semifinais da Champions de 2009/2010, quando deram adeus ao título sofrendo um gol de Iniesta nos acréscimos e saíram reclamando de cinco pênaltis não marcados.

Esta ainda foi a primeira derrota do Barça na Champions desde fevereiro de 2011, quando foi derrotado justamente em Londres, pelo Arsenal.

O jogo
O Chelsea só foi pegar na bola quando relógio marcava 1min50s, e com cinco minutos de jogo a posse de bola era de 83% para o Barcelona e apenas 17% para os donos da casa. A estratégia dos ingleses era forçar a bola com Drogba no meio da defesa adversária.

Aos oito minutos, os passes rápidos do Barça terminaram com Iniesta deixando Alexis Sanchez na cara de Peter Cech. O chileno encobriu o goleiro, mas carimbou a trave. Fábregas perdeu chance ainda mais clara que a de Sanchez em rebote de chute de Iniesta aos 16 minutos. Da pequena área, o meio campista ex-Arsenal bateu de canela.

Um pouco confusa, a defesa catalã dava sustos nos seus torcedores, mas quem realmente temia levar o gol era o Chelsea. Aos 26 minutos, Fábregas finalizou melhor do que na primeira oportunidade após jogada individual pela esquerda - Cech espalmou. Pouco depois, Messi exigiu outra boa defesa do goleiro tcheco em cabeçada.

Ainda deu tempo de Fábregas perder mais um gol na cara de Cech e de o Barça pagar o preço pelas suas falhas. Em um contra-ataque infalível nos acréscimos da etapa inicial, o Chelsea abriu o marcador. Lampard roubou bola de Messi no campo de defesa e lançou Ramires na esquerda. O brasileiro rolou para o meio da área, e Drogba completou para a rede.

Os catalães mantiveram a pressão no segundo tempo e ameaçaram a meta rival pela primeira vez com uma investida surpresa do lateral esquerdo Adriano. O brasileiro saiu costurando os marcadores e bateu de direita. Cech novamente defendeu.

Fábregas tentou se redimir das falhas da primeira etapa ao lançar com categoria por cima da defesa azul para Sanchez, que demorou para concluir e chutou para fora. E foi só. Dai em diante, prevaleceu a força da defesa inglesa, grande atuação de Cech e a sorte dos ingleses, que viram Pedro chutar bola na trave e Busquets bater por cima do gol nos segundos finais.
FICHA TÉCNICACHELSEA 1 X 0 BARCELONA
Local: Estádio Stamford Brigde, em Londres (Inglaterra)
Data: 17 de abril de 2012, quarta-feira
Horário: 15h45 (de Brasília)
Árbitro: Felyx Brych (Alemanha)
Assistentes: Mike Pickel e Mark Borsch (ambos da Alemanha)

Cartões amarelos: Ramires e Drogba (CHE) Busquets e Pedro (BAR)
Gols: Drogba, aos 47min do 1° tempo

CHELSEA: Cech; Ivanovic, Cahill, Terry e Ashley Cole; Mikel, Raúl Meireles, Ramires (Bosingwa) e Lampard; Mata (Kalou) e Drogba
Técnico: Roberto Di Matteo

BARCELONA: Valdés; Daniel Alves, Mascherano, Puyol e Adriano; Busquets, Xavi (Cuenca) e Iniesta; Fábregas (Thiago), Alexis Sánchez (Pedro) e Messi
Técnico: Josep Guardiola