Até juiz e Uruguai ouvem perfilados o público cantar o Hino Nacional além da versão Fifa

 
Jogadores do Brasil cantam hino antes da partida contra o Uruguai
             Jogadores do Brasil cantam hino antes da partida contra o Uruguai


Já virou uma tradição na Copa das Confederações. Assim que termina de tocar a "versão Fifa" do Hino Nacional brasileiro, que dura apenas 70 segundos, o público continua cantando até o final da primeira parte. A novidade, nesta quarta-feira, no Mineirão, é que até o árbitro e a seleção do Uruguai continuaram perfilados, sem se mexer, enquanto os espectadores cantavam.
A Federação Internacional de Futebol determina que os hinos nacionais executados antes das partidas sejam apresentados em versão de até 90 segundos. A medida visa a padronização. Mas, em 2009, na Copa das Confederações da África do Sul, o país anfitrião conseguiu que uma versão integral do hino tocasse antes de uma partida.
Como era previsível, a torcida aplaudiu com entusiasmo apenas um nome do time titular anunciado pelos microfones: o de Fred. Neymar ganhou alguns aplausos e nada mais. Já os reservas Rever, Bernard e Jô, ao terem seus nomes anunciados, levaram o Mineirão ao delírio.
Felipão, mais de uma vez, em suas entrevistas pediu o apoio da torcida à seleção e criticou o clubismo. "Espero da torcida brasileira que entenda que esses jogadores não estão aqui pelos clubes, mas pela nossa seleção. Não dá para torcer mais pelo jogador 'A' que defende o time 'A'. Senão vamos montar torcidas organizadas de cada time".
Ainda no primeiro tempo, a torcida pediu Lucas e Bernard no time. Depois do gol do Uruguai, no início do segundo tempo, o nome de Jô começou a ser gritado. Quando Bernard apareceu próximo ao campo, o Mineirão tremeu: "Olê, olê, Bernard!!!". Mas parte do público vaiou a substituição.
O Mineirão viu algumas brigas entre torcedores, nas cadeiras e nos bares. Uma das brigas, presenciadas pelo UOL, ocorreu depois que um torcedor acusou outro de furar a fila para comprar cerveja. A polícia separou.
   Ao final do jogo, Felipão convocou os jogadores para o centro do campo e, com todos de mãos dadas, agradeceu o apoio dos 57483 espectadores.
   O narrador Galvão Bueno, da Globo, mereceu homenagem especial da torcida. Em duas ocasiões, antes de a partida começar, o seu nome foi gritado em coro, seguido de um palavrão. Quem assistia pela TV não foi capaz de ouvir. "E a torcida se manifestando", disse o narrador