Por telefone, Bernardo dá recado à torcida do Vasco: 'Preciso de carinho'
Personagem de suposta agressão de traficantes em favela no Rio de Janeiro, jogador desabafa à sua mãe: 'Estou livre, graças a Deus'Controlado emocionalmente e com muita calma, o meia Bernardo, do Vasco, esteve em contato por telefone com sua mãe, que está em Sorocaba, sua cidade natal, na tarde desta sexta-feira, para tranquilizar seus familiares em relação ao caso de uma suposta agressão e sequestro, no último domingo, após se envolver com a mulher de um traficante numa favela do Rio de Janeiro.
- Estou livre, graças a Deus - desabafou o jogador.Durante a conversa com a mãe, o telefone foi passado à repórter Renata Golombieski, da TV TEM, afiliada da Rede Globo em Sorocaba. (Confira no vídeo acima).
- A única coisa que tenho de problema é minha lesão no joelho, que é do jogo. Continua a investigação e já tenho tudo encaminhado com o advogado
O jogador admitiu estar em um momento difícil e pediu à torcida que transmita forças para que ele tenha condições de jogo novamente.
- Neste momento preciso de apoio, carinho e de muita força, porque é uma situação complicada. Mas Deus está vendo tudo e tudo vai ser resolvido.
Também com muita serenidade, mas angustiada, a mãe do jogador, Joelma de Souza, afirmou que Bernardo já deixou a cidade do Rio de Janeiro, mas não revelou qual foi o destino do jogador.
- Ele está muito bem, tranquilo e sabe que vai dar tudo certo. Ele tem passado traquilidade para gente. Agora ele está em um lugar seguro, onde vou me encontrar com ele.
Entenda o caso
A polícia do Rio de Janeiro afirmou que, no último domingo, Bernardo foi sequestrado e agredido por traficantes dentro do Complexo da Maré. O atleta teria se envolvido com Dayana Rodrigues, supostamente uma das mulheres do traficante Marcelo Santos das Dores, o Menor P, líder no local.
Bernardo e Dayana teriam sido flagrados por bandidos na Favela Salsa e Merengue, e de lá levados para uma casa na Vila do João, onde teriam sido deixados nus, amarrados com fita crepe, torturados com choques elétricos e espancados.
O jogador comunicou o caso à diretoria do Vasco na quinta-feira. Em nota oficial divulgada nesta sexta, o clube oferece suporte ao meia, além de assessoria jurídica e apoio psicológico.
– A nossa prioridade é dar apoio total ao jogador. Claro que o Vasco não quer ver seu nome envolvido em qualquer coisa que não seja da esfera desportiva. Mas entende que o atleta deve receber suporte do clube em qualquer situação, enquanto os procedimentos legais são tomados – disse o diretor executivo de futebol do clube, René Simões