Torcedores expõem decepção e se exaltam após derrota atleticana
 
 
Torcedores reunidos no bar do Salomão, reduto de atleticanos na capital mineira, não esconderam a decepção com a derrota para o Raja Casablanca, por 3 a 1, que deixou o Atlético-MG fora da final do Mundial de Clubes, no Marrocos. Enquanto muitos torcedores ficaram cabisbaixos, outros se revoltaram com a queda da equipe no torneio da Fifa. Foi o caso de Luiza de Castro, de 20 anos. "Sair para ver esse time é um absurdo. É o que deixa a gente mais chateada. O time não jogou nada", desabafou a torcedora.
Alguns atleticanos ficaram mais exaltados após a partida e começaram a ofender um cinegrafista da TV Record. Porém, a polícia acalmou os ânimos antes de qualquer tipo de violência. Outros xingavam os cruzeirenses que tiravam sarro da derrota atleticana. Alguns estabelecimentos comerciais da região fecharam as portas mais cedo.

Julio Pires, de 21 anos, reclamou da apatia da equipe. "Entrou em campo achando que era amistoso e perdeu. O que foi o Tardelli, o Ronaldinho, o Marcos Rocha? O Réver ainda faz aquele pênalti. Assim não dá", afirmou. "Perdemos hoje, em uma hora dessas não tem nem o que falar, mas ano que vem tem mais", acrescentou.

Bruno Leite, de 19 anos, adotou um tom otimista e acredita que o time poderá tentar o título na próxima temporada. "Não culpo ninguém, aqui é Galo, não tem perigo. É galo hoje, amanhã e sempre. Vou continuar apoiando", afirmou. "Ano que vem a gente ganha a Libertadores de novo, tira o Cruzeiro, ganha de novo e volta no Mundial. Agente tem time pra isso", acrescentou.

Policiamento na sede do Atlético-MG
Dois veículos da Polícia Militar foram posicionados nas proximidades da sede administrativa do Atlético-MG, no Bairro de Lourdes, na Zona Sul de Belo Horizonte, na noite desta quarta-feira, após a derrota do alvinegro mineiro, por 3 a 1, para o Raja Casablanca, que impediu a continuidade do sonho do inédito título do Mundial de Clubes. Apesar da medida preventiva, o UOL Esporte, que esteve no local, não constatou a presença de atleticanos ou mesmo torcedores do rival Cruzeiro.
Na Praça Sete, no centro de Belo Horizonte, tradicional ponto de comemoração dos atleticanos, que fecharam o local duas vezes para comemorar o título da Libertadores, não houve aglomeração de atleticanos, após a derrota no Mundial. Torcedores uniformizados do clube estavam em bares em torno do local e nos pontos de ônibus, buscando a volta para casa com a frustração de uma eliminação que não estava nos planos.