Felipão na sexta-feira da Paixão em Portugal
A Páscoa é ainda coisa muito séria em Portugal.
Felipão já não é tanto.
Entre os adeptos do futebol, a maioria não o desculpa pela derrota na final da Eurocopa, em 2004, para a Grécia, em casa, no Estádio da Luz, em Lisboa
Se ainda fosse contra a Itália, a Alemanha…
Mas perder para a Grécia, e duas vezes, na estréia e na final, foi demasiado.
Verdade que o quarto lugar na Copa do Mundo da Alemanha, dois anos depois, deu uma bela aliviada na barra do novo antigo técnico da Seleção Brasileira, barra que voltou a pesar porque ele trocou Lisboa por Londres ao ir dirigir o Chelsea.
O que era visto como amor virou materialismo.
Ninguém lhe nega, porém, nem os mais críticos, ter ressuscitado o amor próprio português,
Bandeiras nas janelas, nos automóveis, imputam a ele até o reaprendizado do hino nacional.
Mas, e sempre tem um mas, há quem diga que do mesmo modo que ele levantou o orgulho de ser português, acabou por matá-lo ao ir para Inglaterra.
Hoje, em plenas eliminatórias para a Copa do Mundo no Brasil, não se vêem bandeiras nem se ouve o hino.
O que houve?
O que era doce acabou-se e voltou a indiferença.
A tal ponto que se espera por José Mourinho, que prometeu encerrar sua carreira dirigindo a “equipe das quinas”, alusão ao símbolo da bandeira lusitana.
Só as velhinhas portuguesas, que guardam amor eterno ao Felipão, o convidariam para o almoço neste domingo de Páscoa.