Árbitro relata ofensas e tentativa do Flu de esconder roupeiro após jogo com Atlético
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Jogadores do Fluminense pressionam bandeirinha após jogo contra o Atlético-MG
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O árbitro de Fluminense e Atlético-MG, Rodrigo Braghetto, registrou na súmula do jogo a invasão de campo e as ofensas do roupeiro do Flu Denilson Silva ao bandeira Vicente Romano Neto logo após a partida. O documento foi divulgado nesta segunda-feira e mostra ainda que o Fluminense se negou a identificar o seu funcionário para o registro do incidente.
Braghetto informou na súmula que, logo após a partida, “um funcionário da equipe do Fluminense” saiu da área de acesso aos vestiário e partiu em direção a Romano. Relatou também que o funcionário tentou agredir o bandeira, mas foi contido por policiais.
Mesmo contido, o funcionário do Flu ainda teria xingado o assistente: “Filha da p...! Safado! Sem vergonha”, registrou o árbitro na súmula da partida.
Braghetto registrou também que procurou a identificação do roupeiro, mas o Fluminense se negou a informar. O supervisor do Fluminense, Rodrigo Henriques, disse ao árbitro que não identificar o roupeiro teria sido uma decisão da diretoria do clube.
Mais tarde, segundo o árbitro, policiais foram ao vestiário do Fluminense para buscar informações sobre o invasor. Lá, disseram que ele já havia deixado o estádio do Engenhão.
A invasão de Denilson Silva ao gramado aconteceu minutos depois de Braghetto anular um gol de Fred, no final da partida, quando o jogo estava 0 a 0. O árbitro seguiu a marcação do assistente Romano, que apontou impedimento do atacante na jogada.
Depois do jogo, que acabou empatado, o vice presidente de futebol do Fluminense, Sandro Lima, protestou contra a anulação do gol. Prometeu também que vai entrar com uma representação na CBF contra o trio de arbitragem da partida.
“Eles não podem apitar um jogo desse porte”, disse Lima, em entrevista coletiva, ainda no Engenhão. “Espero que os órgãos competentes façam alguma coisa. Não dá para aceitar isso.”
Lima também falou sobre a invasão do gramado. Disse que entende a revolta de Denilson e que o Fluminense vai aguardar para saber se receberá punição pelo ato.
“Eu entendo o roupeiro. O sangue sobe e tomas essas atitudes”, disse o diretor. “Vamos avaliar, ver se teremos punições, e depois falaremos com calma sobre isso.”
Na súmula, além da invasão e das agressões do funcionário do Fluminense, o árbitro relatou que um copo d'água foi arremessado da arquibancada do Engenhão, perto da onde estava a torcida do Fluminense, em direção ao trio de arbitragem. O copo não atingiu ninguém e não foi identificado quem atirou o objeto.