Flamengo e Atlético-PR misturam passado rubro-negro em final

Clubes chegam à decisão com histórico de semelhança estética e com resultados recentes que determinaram mudanças de comando

      



 
Flamengo e Atlético-PR decidem a Copa do Brasil nesta quarta
Flamengo e Atlético-PR decidem a Copa do Brasil nesta quarta
A mistura do vermelho e do preto na final da Copa do Brasil remete a um passado que oscila entre a coincidência e a inspiração. Se hoje os tons são o que resta de união entre Flamengo e Atlético-PR, o passado mostra clubes quase gêmeos em seus principais símbolos: as cores, a camisa e o escudo. O Furacão nasceu em 1924, quase três décadas depois do Flamengo, que já se consolidava como principal Rubro-Negro do país – até por ser da cidade que na época era a capital brasileira. Seria até natural que os paranaenses tivessem os cariocas como norte. Mas a história do Atlético rejeita essa hipótese.
O campeão brasileiro de 2001 surgiu da fusão de outras duas equipes, o América e o Internacional, ambos cansados de ver o Britânia ser campeão – clube que também nascera de uma junção, entre Leão e Tigre. As cores a serem usadas no uniforme renderam muito debate entre os dirigentes na época. Cada um puxava a sardinha para seu lado. O América era vermelho e preto; o Internacional, preto e branco. Com o negro em comum, a decisão caiu sobre o rubro. Nascia o Rubro-Negro paranaense.
Nessa época, o Flamengo já usava o uniforme com listras horizontais, depois de experimentar os modelos “papagaio de vintém”, com quatro quadrados em vermelho e preto, e “cobra coral”, listrado também em branco - além de seu primeiro traje, azul e ouro, logo abandonado pela dificuldade de se encontrar tecido nesses tons. E já havia excursionado pelo Paraná. Em 1914, por exemplo, enfrentou justamente o Internacional. Venceu por 7 a 1 – também aplicou 15 a 0 no Paranaguá e 9 a 1 na seleção de Curitiba.