Onde a Associação Concordiense de Futsal vai parar? Essa é a pergunta que todos aqueles que acompanham a Liga Nacional com o distanciamento jornalístico necessário e desprovido de paixões, estão fazendo. O Passarela/Águia Seguros/IACC/Unimed/Umbro/Concórdia vem quebrando prognósticos, expectativas e sugerindo que parte da mídia esportiva, especialmente a catarinense, reveja alguns conceitos em relação aos valores esportivos do Oeste e que o próprio Oeste acorde para o fato de que toda a excelência do mundo não está somente em Chapecó, através da Chapecoense. Também há competências em outros cantos e recantos desse pedaço de chão barriga-verde.
Trocando em miúdos, a ACF está fazendo história na Liga e fazendo da Liga a sua própria história. Com a retumbante goleada por 7 a 4 sobre o Joinville, os comandados do técnico Serginho Schiochet estão na final da principal competição do salonismo brasileiro e também mundial. O jogo foi na tarde deste domingo, dia três, no Centro de Eventos Cau Hansen, em Joinville. Aliás, o ginásio joinvilense, um dos templos do futsal brasileiro na era moderna, só não teve um silêncio sepulcral imposto e ditado porque cerca de 100 torcedores de Concórdia literalmente berravam em plenos pulmões o bordão que virou símbolo do representante da Capital do Trabalho nesta Liga Nacional: "Eu acredito!".
Não era só o torcedor que acreditava, a Associação Concordiense de Futsal também encarnou esse brado e, com isso, derrubou mais um gigante do futsal brasileiro. Agora o time aguarda o adversário da decisão, que sairá do confronto entre Orlândia e Corinthians, que jogam na noite de segunda-feira. Foi um jogo intenso. De várias viradas. Jogando em casa, o Joinville abriu o marcador ainda no primeiro tempo, com Zequinha, aos 17 minutos, aproveitando um erro de saída de bola. O gol dos donos da casa foi um banho de água fria, momentâneo, nos visitantes. A ACF controlava bem a partida e havia criado as melhores chances de marcar. Em uma delas, Paludo botou a bola no travessão. No segundo tempo, os concordienses demonstrando não terem acusado o golpe, aceleraram mais o jogo e empataram logo no início, com Dé, aos dois minutos de jogo, aproveitando um erro de marcação dos joinvilenses. A virada da ACF ocorreu aos oito minutos. Marquinhos recebeu no fundo da quadra chutou para o meio, Café tentou tirar e marcou o gol contra. O empate joinvilense veio com Valença, que chutou de longe, no canto do goleiro Gian. Os donos da casa viraram com Tiago, que tentou o lançamento para Vander Carioca, o pivô e o goleiro Gian não alcançaram a bola e ela entrou no gol concordiense que estava livre. A ACF não se abateu, e empatou com Felipe, que recebeu e arrematou de chaleira encima do goleiro Tiago. A vitória histórica de Concórdia começou a ser desenhada com Pito. Ele recebeu na intermediária, girou, livrou de três marcadores e chutou embaixo do goleiro Tiago, que tentou fechar para cima do pivô. Após o tento da desvantagem, o Joinville passou a arriscar com o goleiro Linha. Só que com o quinto elemento em quadra, os erros apareceram e em um deles Joãozinho recebeu e chutou da quadra de defesa para o gol desguarnecido para praticamente definir o resultado. O quinto gol de Concórdia não foi o ponto final. Ainda tinha muita coisa para acontecer e aconteceu. Em outro erro de goleiro-linha, Biel chutou da quadra de defesa, a bola percorreu mansamente a quadra ofensiva, caprichosamente bateu na trave e morreu no fundo das redes para praticamente decretar a vitória. Na última volta do cronômetro, o Joinville chegou ao quarto gol, aos trancos e barrancos, com Pelé.
Após marcar, o pivô do Joinville demonstrou destempero e bradou em tom provocativo contra os jogadores do Concórdia. A resposta concordiense veio em poucos segundos, com mais um gol. Em rápido contra-ataque, Dé recebeu e chutou no canto do Tiago para fazer o sétimo e o gol da classificação para a decisão da Liga Nacional.
Em tres anos de participação na Liga Nacional, esta é a primeira vez que a Associação Concordiense de Futsal chega a decisão da Liga Nacional. Nas edições anteriores, o time de Concórdia ficou ainda na primeira fase. O Joinville jogou com Tiago, Dyego, Leco, Elisandro, Valdin e Tiago; Entraram Vander Carioca, Daniel Sakai, Zequinha, Pelé, Valença e Café. A ACF jogou com Gian, Felipe, Dé, Marquinhos e Rafinha. Entraram Biel, Paludo, Joãozinho e Pito. A arbitragem foi de Flávio Marques, do Paraná; e Marcos Henrique Fonseca Reis, do Rio de Janeiro. Cartões amarelos: Dyego e Vander Carioca (Joinville); e Felipe, Dé, Biel e Joãozinho (ACF). Para finalizar. Se para aqueles que acompanham a Liga com o distanciamento jornalístico e idôneo, ainda é imprevisível apontar o limite da Associação Concordiense de Futsal, para o torcedor já há uma certeza: o título de campeão da Liga Nacional é praticamente uma realidade. | ||
|
Associação Independente de Árbitros Fone:(49) 34446024 Email: associacao_aida@hotmail.com