José Acácio da Rocha entende que lance da fratura de Héber foi uma fatalidade

Árbitro de Figueirense e Chapecoense não teme algum tipo de punição por parte da Comissão de arbitragem da FCfJosé Acácio da Rocha entende que lance da fratura de Héber foi uma fatalidade Jessé Giotti/Agencia RBS

José Acácio da Rocha no momento em que expulsou o atleta da Chapecoense, Wanderson Foto: Jessé Giotti / Agencia RBS
 
O arbitro de três finais do Campeonato Catarinense, José Acácio da Rocha, conversou  com a reportagem do Diário Catarinense e disse estar muito tranquilo, sem receio de sofrer qualquer tipo de punição depois da conturbada partida entre Figueirense e Chapecoense, no último domingo, em que apitou.

Em um lance aos 5 minutos de partida, o zagueiro Souza, do time visitante, deu um carrinho que acabou, na sequência da jogada, originando na fratura da perna esquerda do atacante Héber, do Figueirense. José Acácio da Rocha não marcou falta e tão pouco aplicou algum cartão para o defensor.

Diário Catarinense — Por que o senhor não deu falta nem puniu o zagueiro Souza no lance que causou a fratura na perna do atacante Héber?
José Acácio da Rocha — Eu não marquei nada porque não vi nenhuma irregularidade. O que eu vi foi o zagueiro da Chapecoense atingindo a bola e depois pegando a perna do jogador do Figueirense. Foi uma fatalidade. Se ele (Héber) não tivesse quebrado a perna, o lance seria considerado normal.

DC — Na posição que o senhor estava no campo não foi possível ver a gravidade do lance?
José Acácio — Eu estava a uns 15 metros de distância deles e, repito, o que vi foi o zagueiro Souza acertando a bola primeiro. Depois, analisando o lance com mais calma pela televisão, em casa, entendi que ele (Souza) usou força excessiva e poderia ter levado o cartão amarelo. Mas, no momento em que tudo aconteceu, não tive muito tempo para tomar a decisão.

DC — Por causa disso, o senhor acha que a partida acabou ficando violenta?
José Acácio — Sem dúvida, a partida ficou mais difícil para apitar. Os jogadores passaram a entrar de forma mais dura nas jogadas e precisei distribuir cartões para os dois lados.
DC — O técnico da Chapecoense, Itamar Schulle, disse que na última quarta-feira, um dia antes do sorteio na FCF, o senhor já sabia que seria o árbitro da partida. Isso é verdade?
José Acácio —
Não é verdade. Não sei de onde saiu isso. Não dei entrevista pra ninguém e os sorteios são feitos ao vivo, pela internet. Se tivesse alguma armação, todo mundo estaria vendo. Isso não tem fundamento.

DC — Por causa das confusões, o senhor teme algum tipo de punição e ser afastado do restante do campeonato?
José Acácio — Estou tranquilo. Já conversei com a Comissão de Arbitragem da FCF e eles me deram total apoio. Acho que estão falando muitas coisas por causa da lesão do jogador. Não acho que serei punido.